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Cientistas e líderes em tecnologia fazem abaixo assinado contra robôs assassinos

Robô do filme de ficção-científica "O Exterminador do Futuro" (Foto: Paul Gilham/Getty Images)

Um grupo de líderes do setor de tecnologia, apoiado por algumas das maiores organizações científicas e industriais do mundo, assinou um termo global contra o desenvolvimento de sistemas autônomos de armas que usem inteligência artificial e sejam capazes de matar sem a autorização de um humano.

O grupo afirmou que não participará e nem apoiará a fabricação, comércio ou uso de armas autônomas letais, chamadas de robôs assassinos. 

O termo foi assinado por 150 empresas e 2,4 mil especialistas em inteligência artificial e robôtica de 90 países. A campanha foi lançada nessa semana na Conferência Conjunta Internacional sobre Inteligência Artificial, em Estocolmo, na Suécia. Entre os que aderiram ela, estão o Google DeepMind, a Fundação XPRIZE, a Universidade de Londres e a Associação de Inteligência Artificial da Europa, entre outros.

Um dos maiores defensores de regras mais rígidas para a produção de máquinas utilizando inteligência artificial é Elon Musk. O CEO da Tesla escreveu uma carta à ONU onde afirmava que “os conflitos alcançariam uma escala nunca antes vista, de uma maneira muito mais rápida dos que os humanos poderiam compreender”. 

Em entrevista ao Business Insider, Toby Walsh, professor de inteligência artificial da Universidade NSW de Sydney, na Austrália, disse que permitir que robôs tenham o poder de decisão é muito perigoso para a sociedade. “Não podemos deixar a escolha de quem vive e de quem deve morrer nas mãos de uma máquina”, afirma. A questão ética foi reforçada pelo professor. “Eles não têm senso de ética para tomar uma decisão. Eu incentivo você e a sua empresa para que colaborem com o termo, para que não seja declarada uma futura guerra contra os robôs”.

O termo assinado pelo grupo desafia o governo, a academia e a indústria a também embarcarem nessa campanha com a criação de regulações e leis mais rígidas contra essas potenciais armas autônomas letais. Às organizações de tecnologia e outros indivíduos, o apelo é para apoiarem a causa.

Max Tegmark, presidente do instituto Future of Life e porta-voz da campanha, afirmou que repudia o uso indevido da ciência para se obter alguma vantagem. Ele afirma ainda que, se utilizada corretamente, a inteligência artificial tem grande potencial para ajudar o mundo, "desde que seja utilizada com bom senso para evitar potenciais abusos”.

Em dezembro de 2016, a Conferência de Revisão da Convenção das Nações Unidas sobre Armas Convencionais (CCW) iniciou uma discussão formal sobre os sistemas autônomos letais (LAWS). Dos países que participaram da conferência, 26 já anunciaram alguma medida para a proibição desse tipo de tecnologia, incluindo a China. A próxima conferência está marcada para o mês que vem.

 

Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2018/07/cientistas-e-lideres-em-tecnologia-fazem-abaixo-assinado-contra-robos-assassinos.html


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